Lembrança: despedida

Parecia ser uma despedida de menor. Algo inventado desse tipo... Alguns amigos carregaram-no pra um desses cantos distantes, com aparência suja, mas muito badalado da cidade. Ele não podia negar, e talvez se tentasse fugir apanharia. No fundo nem tanto, queria mesmo sair. Vendaram seus olhos e o empurrou carro adentro. Aquela sensação que todos têm de estar entrando numa fria gostosa o consumiu enquanto sentia as curvas da cidade e as retas de alta velocidade. O cheiro denunciava os vícios sequentes. A bebida fazia-o salivar mais, o cigarro tragava seus pulmões, o cheiro de corpo feminino excitava e por se só fantasiava situações. Pararam e desvendaram para maior excitação.
Entrou naquele buraco animado. A música rolava alta, era necessário o contato em orelhas para haver comunicação. O que ajudava muitas pessoas. Mas ali ele não precisaria fazer muitos esforços. Como prometido, os amigos dariam uma possível sequência de garotas para a escolha (não que ele fosse gato ou coisa assim, resume-se em no máximo três). O que realmente queriam que fizesse era juntar os três males e praticá-los numa noitada bem longa. Logo de cara deram um uísque para o sangue esquentar e aquele resto de vergonha desaparecer... Eram copos e mais corpos. Apertado. Suado. Ralado e lambido. Já passava da meia-noite e tudo acabara de começar.
A fumaça já habitava a parte superior do recinto e mesmo quem não fumava a colocava pra dentro. Mas isso não era o bastante... E como nesses ambientes a amizade é fácil e quase tudo é de todos, foi colocado um em sua boca e os quatro amigos esperaram o efeito acontecer... Aquele não era o suficiente. Talvez ecstasy ou a coca... Quem sabe? A qualquer minuto ele acabaria cedendo.
Não demorou!
Depois de instantes passados já não era mais o mesmo. Qualquer toque, a qualquer batida ele dançava com diversas garotas... Sejam elas firmes ou não... O papo não era importante. A bebida fazia-o enxergar dois e duas e muitas.
Foi aí que a garota lhe foi apresentada. Dois de seus amigos ainda mais animados bateram nas suas costas e ele virou em segundo. Não precisou mais... A música apenas estava no meio, o som pedia uma aproximação, mas não tão próxima. Eles começaram a dançar, a suar, as mãos já conseguiram os primeiros toques, uma pequena sensação virara um estrondo. A boca no pescoço, as mãos nas costas, as pernas tocando-se, o corpo molhando o outro. O cochicho na orelha. A fuga pra outro canto.
Correram entra as pessoas para chegar a um corredor escuro. Pequenas janelas (mais verticais) permitiam a luz de boate entrar. Chegaram já se beijando, ele – ainda com efeito – a encostou com força na parede preta. Suas pernas movimentavam-se apressadamente de um canto a outro. Os quadris apertados com toda a força... A mão dela escorregou pelas costas chegando à bunda. Encheu a mão. Ele desceu sua língua pelo queixo da menina, roçava em sua orelha enquanto sua mão suspendia a blusa... Seu sutiã preto já subira junto com a blusa, seus seios lindos a mostra. Ele chupava-os com veracidade. Ela gemia de prazer, empurrava sua cabeça contra o seio, suspendia a saia com a mão do rapaz. Ele já tirara a blusa... Beijavam-se profundamente, como se ninguém pudesse interromper. Ela quase nua começou a baixar a calcinha, ele a abrir a calça, e...



PS: Peço pra alguém me ajudar a terminar a noite... do rapaz.
Envie para o e-mail scottandrad@hotmail.com
Caso ninguém mande (o que irá acontecer) eu posto a outra parte posteriormente.
Foto de Marco Niemi