O bom do sexo!

A luz estava fraca naquele local. Um pouco mais vermelha do que lá dentro. Na verdade, lá dentro estava mais escuro do que os olhos são capazes de enxergar. Alguns flashs, como para salvar ou rapidamente direcionar, apareciam em um ritmo determinado pela pick-up. O maestro não passava dos trinta, estava enlouquecendo sua platéia com seu músicos ausentes.
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Nem era tão tarde assim e já tão escuro, devia ser pelo sumiço da lua ou as poucas estrelas. De um lado conseguia ouvir uma sinfonia da multidão, e o que me angustiava e de certo, acalmava minha timidez era aquela escuridão contraditória pela luz vermelha. Tão sexy.
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Cá no beco eu encontrei entre fulmantes e transas um espaço para me encaixar e te encaixar; eu bem que poderia ter ficado lá dentro, te beijado lá dentro e até mesmo te levado para um dos sofares, caso existisse um espaço, mas eu queria poder te ver. Encarar e degustar calmamente. Também era sabido, de minha parte, que aquilo não passaria dos trinta minutos, assim não me empataria e muito menos a ti.
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Aquele era o lugar, o meu instinto timido dizia, está belo agora procure um canto mais escuro e reservado longe dessa loucura. Mas a loucura me atraia, era tao excitante ouvir grunidos e movimentos corporeos sem enxergá-los por inteiro. Antes que eu encostasse, ele me puxou e saimos para um clarão e silencio quase nenhum. Pensei que não seria mais um rápida penetração, algo mais sacana com mais detalhes e mais suor. Eu já o via salivando, aquilo me molhava.
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Agora que te vejo melhor, verifico que não sou o primeiro e provavelmente nem o último. Não relato prostituição de ambas as partes. Todavia, isso é passivelmente encontrado numa noite onde o destino é o prazer. Ilimitado... Isso mesmo. O único limite é quando o sol raia e nossos corpos encontram-se abatidos pelo cansaço e fadiga!
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Aquela cena, já nos dizia experientes, e me fazia sentir bem. Teriamos muito mais a apreciar e mais a aprender. Logo pensei, quem sabe ele me faça gozar muito mais, ou quem saiba me ensine novos pontos x. E eu já ansiava pelo seu corpo já todo suado. E veio como um feroz, senti-me presa e cheia de prazer. Ele realmente sabia pegar com jeito, e nem sabia. Eu ria do jeito que você se encaixava em mim, e você sério talvez sentido criticado. Era grosso, suado e sentia sede de ti. Delirava no teu corpo, mas fingia ser uma transa qualquer. E transavamos como se fosse uma noite inteira em 10 minutos. De tão grosso, você gozou e eu nem tinha terminado. Vestiu a calça, me aprontei e saimos como entramos, a busca de outro sexo.
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Enfim, eu te comendo forazmente e você nem percebia o quanto chamava atenção. O beco parecia um confortável cômodo onde nossas pernas podiam se entrelaçarem e permanecerem o tempo que fosse. Gozo-te na boca. E você com sede engole o que te ofereço. Depois não tem papinho de fim de sexo, muito menos despedidas calorosas. Aprontamo-nos como se estivesse indo à primeira vez na boate e fosse conquistar, também, o primeiro parceiro.
Sexo é só sexo. E é bom por isso.




foto: unshaved beauty por
tiago manuel capela de oliveira

Escrito com apoio de
Thaís Bitencourt.